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Recuperação extrajudicial: pedidos crescem entre as grandes empresas

Parte do interesse dos credores vêm das mudanças na Lei de Recuperação Judicial, que tornaram o mecanismo mais ágil e seguro.

As grandes empresas têm buscado cada vez mais acordos de recuperação extrajudicial, com credores buscando negociações diretas com devedores na tentativa de se resguardarem de crises mais severas nas empresas.

Essa grande adesão ocorre, especialmente, depois da dura queda que marcou os negócios no ano passado, com grandes varejistas como Americanas e Light buscando proteção judicial.

Seguro análise de especialistas, parte do interesse dos credores pela negociação extrajudicial se deu devido às mudanças na Lei de Recuperação Judicial, que tornaram o mecanismo mais seguro e ágil.

Para se ter uma ideia dos benefícios, houve a possibilidade de suspensão das cobranças judiciais por 60 dias, enquanto os credores e devedores negociam.

Por meio desse instrumento, a empresa também pode fechar acordos somente com os principais credores, com mais de 50% do valor da dívida, enquanto, antes, era preciso ter mais de 605 de apoio.

Além disso, optando por esse instrumento, advogados lembrando que é uma forma de os credores liderarem os processos para tentar reduzir perdas.

Segundo a coordenadora do Obre, Juliana Biolchi, apesar de menos comum se comparada à recuperação judicial, há grandes companhias optando pelo instrumento.

“Há um despertar de que na extrajudicial, o desgaste ainda é menor que na RJ. O caso das Casas Bahia foi importante, uma dívida de R$ 4 bilhões que se resolveu com apoio dos credores.”

A Serasa Experian também verifica que, mesmo com a alta das extrajudiciais, as recuperações na Justiça continuam crescendo, podendo ser visto já no primeiro semestre do ano, que contou com o maior volume em 20 anos, totalizando 1.014 pedidos, 71% a mais que igual ao período de 2023.

Com informações do Valor Econômico

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